O termo Bruxaria, é um termo cujo entendimento é dos mais variados e que poderíamos definir como o conjunto de práticas voltadas para a interação do ser humano com as forças naturais com o intuito principal de buscar um bem estar tanto físico (práticas curativas) como espiritual (práticas ritualísticas).
A Bruxaria é em si, o olhar mágico nascido nos primórdios da humanidade. Humanidade esta que desenvolveu este olhar em vários cantos do mundo. É surpreendente de ver, como povos tão diferentes sem nenhum tipo de comunicação conseguiram desenvolver práticas comuns. A bruxaria não foi uma prática exclusiva da Europa medieval, embora tenha sido lá que ela tomou a forma que conhecemos hoje. Mas a bruxaria não é só ela. A bruxaria européia medieval é apenas uma das formas que a bruxaria se desenvolveu. Em outros lugares em diversas épocas houve bruxos e bruxas, das mais diversas formas, com práticas próprias e outras mais comuns, mas devemos ter cuidado para não cair no lugar-comum de atribuir à bruxaria à tempos pré-históricos. As práticas dos nossos ancestrais mais antigos estão inseridas em um contexto diferente, eles foram os primeiros a construir as primeiras formas de religiosidade.
A bruxaria desde os primórdios, considerada uma religião da natureza é uma crença que antecede o cristianismo, e não se opõe em momento algum aos ensinamentos de Jesus. No entanto tornou-se uma visão lúgubre e ameaçadora no conceito da Igreja Romana na Idade Média, predominando na Europa durante séculos, trazendo para a vida do ser humano, grandes conseqüências, como a morte de centenas de milhares de pessoas, o que se transformou numa verdadeira histeria religiosa.
A bruxaria com suas práticas pagãs, folclore e a crença nos poderes da magia é muito arraigada entre os europeus, a mulher representava a base fundamental da fertilidade, o corpo feminino era reverenciado como foco de força divina; doadora da vida. Por isso o Culto a Deusa-Mãe, aos mistérios da procriação e o respeito ao feminino.
De acordo com explicação de Joseph Campbell: "Não resta dúvida de que nas épocas mais remotas da História do Homem a força mágica e misteriosa da Fêmea era tão maravilhosa quanto o próprio Universo; e isto atribui à mulher um poder prodigioso, poder este que tem sido uma das principais preocupações da parte masculina da população — como quebrá-lo, controlá-lo e usá-lo para seus próprios fins".
As conseqüências dessa ruptura primordial na relação entre homem e mulher viriam a ter um papel nas mitologias de "diversas culturas"; em termos práticos contribuiu para o surgimento de devastadoras turbulências sociais, tal como a Grande Perseguição às Bruxas na Europa Medieval.
Tempos longínquos, mas muito marcantes... e são esses fatos que são relembrados com curiosidade pela humanidade.
O Surgimento da Bruxaria Européia
A partir da criação da Igreja Católica Apostólica Romana, o poder vigente tratou que converter toda a população sobre sua tutela à nova religião.
A partir de um decreto do Papa Gregório, os cristãos passaram a erigir igrejas nos lugares sagrados da Antiga Religião(um exemplo disso é que no local onde hoje se encontra a praça de São Pedro, no Vaticano, havia um templo dedicado à Deusa Diana que foi destruído para dar lugar à atual basílica de São Pedro). Os Deuses pagãos foram sendo transformados em santos cristãos (um exemplo é Santa Brígida, da Irlanda, na verdade a Deusa Bhríd, protetora do fogo e dos partos).
Quando os cristãos se deram conta da importância da Deusa-Mãe para as pessoas, aumentaram a importância da Virgem Maria no culto cristão. Mitos e práticas pagãs foram, sistematicamente, absorvidas, distorcidas e transformadas em ritos cristãos.
O maior exemplo de sincronismo entre costumes pagãos e cristãos é o cristianismo irlandês, que ainda hoje conserva hábitos célticos mesclados a liturgias cristãs. Os padres tinham a seu favor o tempo, o poder e a força. Os pagãos tinham que lutar sozinhos contra a profanação de seus templos, crenças e costumes.
Desta maneira, o povo simples dos campos foi acostumando-se à nova religião, e gradualmente, foi sendo convertido. Mas os sacerdotes restantes da Antiga Religião não se renderam à nova ordem. Juntamente com pessoas ainda fiéis às antigas crenças, mantiveram o culto ao Deus de Chifres e à Deusa Mãe.
As crenças pagãs, enfatizando a adoração aos Deuses e a realização dos festivais de fertilidade, foram se misturando à magia popular (conjunto de feitiços feitos com uso de ervas, bonecos, dentre outros meios), originando aí a Bruxaria Européia.
A natureza dos Deuses pagãos é completamente diferente da do todo - poderoso “senhor da bondade” dos cristãos. Enquanto os Deuses Pagãos são quase “humanos”, pois têm características tanto “boas” quanto “más”, a teologia cristã já pressupunha a existência de um antagonista ao seu Jeová, um Inimigo (o “Satan” hebraico do Antigo Testamento e o “diabolos” do Novo).
Ele ainda não possuía forma definida e, quando era representado, o era em forma de serpente, como a que persuadiu Adão a comer a fruta da Árvore da Sabedoria. Astutamente, os teólogos cristãos transformaram então o Deus de Chifres dos pagãos, na personificação do Mal, do Inimigo, do seu Satã (notadamente os deuses agropastoris como Pã e Sileno, dotados de cascos de bode e pequenos chifres). Com isto os cristãos conseguiram iniciar um clima de terror e medo em relação aos praticantes da Antiga Religião, o que forçou os pagãos a praticarem seus ritos em segredo. Mas a Era mais triste da Antiga Religião ainda estava por vir, o que foi denominado a Era das Fogueiras.
A partir de um decreto do Papa Gregório, os cristãos passaram a erigir igrejas nos lugares sagrados da Antiga Religião(um exemplo disso é que no local onde hoje se encontra a praça de São Pedro, no Vaticano, havia um templo dedicado à Deusa Diana que foi destruído para dar lugar à atual basílica de São Pedro). Os Deuses pagãos foram sendo transformados em santos cristãos (um exemplo é Santa Brígida, da Irlanda, na verdade a Deusa Bhríd, protetora do fogo e dos partos).
Quando os cristãos se deram conta da importância da Deusa-Mãe para as pessoas, aumentaram a importância da Virgem Maria no culto cristão. Mitos e práticas pagãs foram, sistematicamente, absorvidas, distorcidas e transformadas em ritos cristãos.
O maior exemplo de sincronismo entre costumes pagãos e cristãos é o cristianismo irlandês, que ainda hoje conserva hábitos célticos mesclados a liturgias cristãs. Os padres tinham a seu favor o tempo, o poder e a força. Os pagãos tinham que lutar sozinhos contra a profanação de seus templos, crenças e costumes.
Desta maneira, o povo simples dos campos foi acostumando-se à nova religião, e gradualmente, foi sendo convertido. Mas os sacerdotes restantes da Antiga Religião não se renderam à nova ordem. Juntamente com pessoas ainda fiéis às antigas crenças, mantiveram o culto ao Deus de Chifres e à Deusa Mãe.
As crenças pagãs, enfatizando a adoração aos Deuses e a realização dos festivais de fertilidade, foram se misturando à magia popular (conjunto de feitiços feitos com uso de ervas, bonecos, dentre outros meios), originando aí a Bruxaria Européia.
A natureza dos Deuses pagãos é completamente diferente da do todo - poderoso “senhor da bondade” dos cristãos. Enquanto os Deuses Pagãos são quase “humanos”, pois têm características tanto “boas” quanto “más”, a teologia cristã já pressupunha a existência de um antagonista ao seu Jeová, um Inimigo (o “Satan” hebraico do Antigo Testamento e o “diabolos” do Novo).
Ele ainda não possuía forma definida e, quando era representado, o era em forma de serpente, como a que persuadiu Adão a comer a fruta da Árvore da Sabedoria. Astutamente, os teólogos cristãos transformaram então o Deus de Chifres dos pagãos, na personificação do Mal, do Inimigo, do seu Satã (notadamente os deuses agropastoris como Pã e Sileno, dotados de cascos de bode e pequenos chifres). Com isto os cristãos conseguiram iniciar um clima de terror e medo em relação aos praticantes da Antiga Religião, o que forçou os pagãos a praticarem seus ritos em segredo. Mas a Era mais triste da Antiga Religião ainda estava por vir, o que foi denominado a Era das Fogueiras.
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