"Muitos livros foram escritos sobre bruxaria(...). Embora seus autores soubessem que bruxas existissem, nenhum deles consultou uma bruxa sobre suas visões a respeito da bruxaria. Afinal, a opinião de uma bruxa deveria ter algum valor, mesmo se não se encaixasse nas opiniões preconcebidas(...). Sou antropólogo e é consenso que o trabalho de um antropólogo é investigar o que as pessoas fazem e em que acreditam, e não o que outras pessoas dizem que elas fazem ou acreditam."(Gardner, 2003, p.21-22 em: A Bruxaria Hoje)
"A Bruxaria Moderna é um fato. Ela não é mais uma relíquia subterrânea da qual a camada restante, e até mesmo a própria existência, é acirradamente disputada pelos antropologistas. Ela não é mais o passatempo bizarro de um punhado de excêntricos. Ela é a prática religiosa ativa de um número substancial de pessoas." (Farrar, 1985, p. 2 em: A Bíblia da Feitiçaria)

sábado, 14 de julho de 2007

O ESTEREÓTIPO DA BRUXA

Desde que nascemos escutamos histórias onde o vilão é sempre uma bruxa má, que come criancinhas, uma madrasta má com inveja da bela enteada, ou será que você nunca ouviu falar da Branca de Neve e João e Maria? Noutras, as bruxas são representadas como velhas feias com verruga no nariz pontudo, que invariavelmente transformam-se em jovens belas para seduzir homens virtuosos, como a bruxa do mar na pequena Sereia ou a própria Morgana na história do Rei Arthur. Histórias assim são comuns e de certa forma tem um fundo de verdade que como sempre é destorcida para atenderem a necessidades políticas e religiosas de homens gananciosos.
A sedução não é um "poder" exclusivo das mulheres, tão pouco das bruxas. Ao longo da história, homens e mulheres utilizaram-se desse subterfúgio pelos mais diversos motivos, com as melhores e piores intenções. Porém a acusação no caso das bruxas é a de utilizar magia para seduzir alguém. E então vem a pergunta: como isso é possível? Isso pode ser feito realmente????
Vamos voltar à história de Arthur e Morgana. No romance de Marion Zimmer Bradley, Morgana tenta se passar por Guinevere para seduzir Lancelote através de um feitiço chamado "Glamour". Esse tipo de feitiço até hoje é utilizado pelas atuais bruxas, porém elas possuem implicações próprias. Por ser um feitiço que desconsidera o livre arbítrio da pessoa a ser "conquistada", é considerado um feitiço perigoso. Feitiços de amor são praticados pelas bruxas atuais, porém a intenção dela é que vai definir a sua "ética". Entre os Wiccanos atuais o livre-arbítrio é considerado um ponto de "senso ético" e visto com cuidado ante de se praticar qualquer feitiço.

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