"Muitos livros foram escritos sobre bruxaria(...). Embora seus autores soubessem que bruxas existissem, nenhum deles consultou uma bruxa sobre suas visões a respeito da bruxaria. Afinal, a opinião de uma bruxa deveria ter algum valor, mesmo se não se encaixasse nas opiniões preconcebidas(...). Sou antropólogo e é consenso que o trabalho de um antropólogo é investigar o que as pessoas fazem e em que acreditam, e não o que outras pessoas dizem que elas fazem ou acreditam."(Gardner, 2003, p.21-22 em: A Bruxaria Hoje)
"A Bruxaria Moderna é um fato. Ela não é mais uma relíquia subterrânea da qual a camada restante, e até mesmo a própria existência, é acirradamente disputada pelos antropologistas. Ela não é mais o passatempo bizarro de um punhado de excêntricos. Ela é a prática religiosa ativa de um número substancial de pessoas." (Farrar, 1985, p. 2 em: A Bíblia da Feitiçaria)

domingo, 11 de setembro de 2011

Porquê Orgulho Pagão?*

Discriminação no trabalho. Discriminação com os vizinhos. Assédio e agressão. Os pais repudiam seus filhos; familiares viram as costas. Pausas embaraçosas em conversas: "Por que vocês não passam lá no escritório para uma festa de Natal?”.
Isso lhe é familiar?  E cada caso listado acima, é confrontado diariamente por pessoas de diferentes orientações sexuais, e diferentes convicções religiosas.
Tal como gays, lésbicas, e bissexuais, os Pagãos não podem viver suas vidas abertamente e com sinceridade, por causa do receio que as rodeia. Como as questões e as metas são semelhantes - reduzir a xenofobia da sociedade até que não seja necessário esconder a sua diferença quem quer que seja que ele ame ou ela adore - quando eu quis iniciar um movimento para promover a compreensão e aceitação da espiritualidade Pagã, a frase “Orgulho Pagão” veio imediatamente à mente. Longe de tentar roubar, invalidar o Orgulho Gay, o Orgulho Pagão tem uma profunda dívida de gratidão para com o movimento Orgulho Gay pelas suas realizações. Esperamos poder melhorar as atitudes em relação às religiões da terra com base em práticas espirituais, tanto quanto o Orgulho Gay tem para com a orientação sexual. Através de nossos recursos de informação, eventos públicos, mídia e contatos, nós esperamos desafiar a intolerância através da educação.

Queremos não só reduzir a discriminação contra nós, mas apresentar o valor que os nossos caminhos podem trazer para a sociedade, embora ressaltando que não procuramos converter ninguém, mas pedimos a cada pessoa homenagear o Divino da maneira que parece ser melhor para si. Grandes corporações estão adicionando declarações e programas de diversidade em suas áreas de recursos humanos. Eles não estão apenas sendo tolerantes - eles estão aprendendo a valorizar a pluralidade de opinião, de contexto, e ponto de vista, especialmente em uma comunidade cada vez mais global. Mas ainda existem pessoas que nunca iriam fazer uma calúnia racial, ou discriminar com base no gênero, mas que continuam a discriminar com base na religião, porque acreditam que há apenas uma religião válida, ou porque simplesmente estão mal informados sobre as práticas da outra religião .

Demasiadas vezes valiosas contribuições são ignoradas por causa de mal entendidos – Idéias erradas de que Pagãos sacrificam pessoas ou animais, que Pagãos não praticam nada mais sério do que orgias selvagens e devassidão, que Pagãos estão aí para roubar almas. De fato, os membros das modernas religiões Pagãs ou Neo-pagãs tendem a valorizar a ecologia do seu ponto de vista como uma extensão da Terra e como sagradas onde toda a vida está interligada;  mantém um paradigma que abraça pluralidade, defende os direitos civis, e defende liberdade individual; mantém os padrões éticos que exigem responsabilidade pessoal; enfoque sobre a auto-ajuda, crescimento emocional e psicológico, e estar atentos a que cada pessoa tenha o direito de acreditar que naquilo que escolhe, acreditando que a imposição de uma crença sobre outra é prejudicial.

Embora algumas pessoas considerem que a frase "Orgulho Pagão" é muito conflituosa, o resultado conseguido através da palavra "Orgulho" na comunidade GLBTT me diz que é uma frase eficaz para comunicar como nos sentimos.  Não vamos esconder nas sombras por mais tempo, a prática de nossa espiritualidade privadamente, porque temos medo de represálias dos membros de religiões monoteístas. Nós não temos  vergonha dos Deuses que  reverênciamos e das maneira que celebramos!  Nós estamos saindo para "fora do armário vassouras". Este não é um caminho para todos; Vocês são incentivados a praticar a espiritualidade que você desejar. Mas agora vamos reivindicar o direito de ter orgulho por aquilo que praticamos.

*Traduzido diretamente do Site oficial do Pagan Pride Day, do original “Why Pagan Pride?”,  escrito por Cecylyna Dewr. Site original: http://www.paganpride.org/what/why.html

 © 1998 Cecylyna Dewr.  A permissão para o uso em conexão com Pagan Pride especificamente concedidos.

História do Projeto Orgulho Pagão

Ninguém sabe realmente quem usou primeiro o termo "Orgulho Pagão". No nome, ele deve a sua origem ao movimento do Orgulho Gay, e certamente é um termo que ultrapassa largamente qualquer única organização. Ele não pôde ser protegido, os fundadores sempre sentiram que seria uma violação da honra e ética dos direitos autorais fazê-lo. Há rumores de eventos locais isolados, usando o nome de Orgulho Pagão por volta de 1992, embora nenhum registro destes eventos tenha sido encontrado. No entanto, podemos seguramente identificar e documentar o primeiro movimento organizado para apoiar e incentivar as comemorações públicas do Orgulho Pagão em comunidades por todo o mundo – o Projeto Orgulho Pagão (Pagan Pride Project). 

A história do Projeto Orgulho Pagão começa com Cecylyna Brightsword's - agora Cecylyna Dewr – participante da Liga de Consciência Pagã (Pagan Awareness League, ou PAL), organização fundada após a Liga das Bruxas para Conscientização Pública (Witches' League for Public Awareness) eliminar seu programa representativo estadual em 1997. Durante o seu tempo como membro do PAL, Cecylyna propôs um programa formal de filiação e direção para facilitar as comemorações do Orgulho Pagão em um nível local a ser chamado Dia do Orgulho Pagão.

Desde o início, a visão Cecylyna era a de que o Dia do Orgulho Pagão deveria partir de várias celebrações comuns à comunidade Pagã. Sua proposta incluía o que se tornaria o núcleo central do Projeto Orgulho Pagão, três elementos concebidos para aumentar a boa vontade da comunidade e das relações públicas para com o Paganismo: uma celebração ritual pública ou aberta a Pagãos, não Pagãos, transeuntes, e expectadores; comunicados à imprensa e atividades de relações públicas destinadas a fomentar a imagem positiva na mídia sobre os Pagãos e o  Paganismo; e arrecadação de alimentos e materiais para doação a uma unidade local, banco de alimentos, abrigos, ou asilos, para simbolizar  o compromisso social Pagão com a  vila, cidade ou estado e em Ação de Graças, uma ação comum a várias tradições pagãs no Equinócio de Outono. Enquanto muitas celebrações do Dia do Orgulho Pagão têm realizado mais do que isso, cada celebração como parte do Projeto Orgulho Pagão tem incluído, pelo menos, dois, se não todos, desses elementos. (Duas das comemorações, em 1998 incluíram apenas doações de alimentos a alguma entidade).
A proposta gerou algum interesse na PAL, mas uma combinação de questões pessoais na vida de Cecylyna e sua atividade esporádica na PAL significou que o DOP permaneceu inativo até por volta do Lammas (agosto) de 1998, quando retornou com Cecylyna com desculpas públicas por sua inatividade e em seis semanas com a ajuda de um dedicado grupo de coordenadores locais foi realizada  pela primeira vez o Dia do Orgulho Pagão em 19 de setembro de 1998.

Houve 18 celebrações no primeiro ano, 17 nos Estados Unidos e uma no Canadá. Todos eram pequenos, e enquanto os números de participantes nunca foram formalmente totalizados, provavelmente incluiria cerca de 800-1000 participantes. Os números da Campanha de Doação de Alimentos nunca foram contabilizados. Embora muitos dos coordenadores locais fossem membros da PAL, o Dia do Orgullho Pagão nunca foi parte dos eventos oficiais do PAL, e até o final de 1998 as comemorações do termo "Projeto Orgulho Pagão” estava sendo utilizada pela organização, geralmente abreviado de PPP (Pagan Pride Project). A PAL logo em seguida foi dissolvido e reformado como PACT, que não tem qualquer relação com o Projeto Orgulho Pagão.

Os participantes dos eventos de 1998 foram determinantes para tentar fazê-lo novamente em 1999, e o Dia do Orgulho Pagão foi fixado para 25 de setembro daquele ano. (Uma nota lateral aqui: Enquanto o Dia do Orgulho Pagão é fixado em cada ano, os eventos de “Orgulho” atualmente são programados dentro de uma “janela” de tempo. Para 2003, esta janela é a partir de 29 de agosto e vai até 6 de outubro.) Contudo, Cecylyna foi promovida para a direção em seu emprego naquele ano. Isto, combinado com alguns problemas pessoais, significou que nenhum planejamento para o DOP foi feito até maio, quando o então sacerdote e marido de Cecylyna, Dagonet Dewr entrou como Membro Diretor. Com Cecylyna fornecendo orientação, Dagonet desempenhou os deveres organizacionais de recrutamento de coordenadores locais para o evento e se dedicou a fazer o trabalho mais duro de todos para aproximar comunidades para os eventos, que em 1999 incluiu um total de 43 eventos, 4589 presenças confirmadas, e 4715 quilos de alimentos e bens recolhidos para serem doados entidades, locais, bancos de alimentos, abrigos e asilos. 1999 também trouxe os primeiros manifestantes aos eventos do Orgulho Pagão. Felizmente, nenhum dos protestos foi conflituoso, na verdade, o Orgulho Pagão Birmingham ordenadamente atenuou uma operação de resgate numa tentativa de protesto contra o DOP Birmingham, cedendo-lhes espaço.

Em 2000, o tema foi organização. Este ano trouxe a criação dos Projeto Orgulho Pagão regionais, a fim de coordenar melhor os esforços em diversas áreas. Estes novos coordenadores regionais se tornaram membros da Diretoria do Orgulho Pagão (Pagan Pride Board), a fim de tirar um pouco da carga de trabalho de Dagonet e Cecylyna e servir melhor a comunidade pagã. A Assembléia foi fundamental na definição de políticas e metas para o Projeto Orgulho Pagão, bem como na manutenção do crescimento e da contabilização. O Projeto Orgulho Pagão tem agora um meio eficaz de lidar com qualquer questão, dúvida ou problema que enfrentam um Coordenador Local, e providencia ajuda imediatamente caso algum dos Coordenadores Locais necessitem de orientação, apoio moral, ou apenas uma palavra de incentivo. O papel do Dia do Orgulho Pagão e das listas de discussões tornou-se primordial no fornecimento de uma reação; quando surge um problema, um e-mail pode obter respostas e comentários de todos os Coordenadores Locais e Regionais. Ajuda e conselhos, nunca é mais do que uma conexão de Internet à distância.

O ano 2000 também trouxe ao Orgulho Pagão a sua primeira cobertura na imprensa nacional do New York Times e da Associated Press. O Orgulho Pagão foi no dia 23 de setembro daquele ano, e a participação foi, francamente, deslumbrante. 55 eventos confirmados e relatados que trouxe a participação orgulhosa de 9.359 pessoas. 39 quilos de alimentos e bens foram doados para diversas instituições de caridade, além de U$ 4961,11 em dinheiro. A freqüência dos eventos oscilou entre as 1571 pessoas que desfrutaram Dia do Orgulho Pagão Houston, com bandas ao vivo, para umas 12 almas corajosas, que enfrentaram a temperatura de inverno e ventos cortantes em Sault Ste Marie, Michigan.

2001 foi um ano de mudanças, mas também um ano profundamente tocado com tristeza, com a tragédia do 11 / 9 afetando todos nós. Tivemos nosso primeiro acontecimentos na Europa, incluindo Roma, Southampton, no Reino Unido, e Lisboa. Tivemos nosso primeiro acontecimentos na América do Sul, em Brasília e em São Paulo. A cobertura da imprensa não foi tão boa, principalmente por causa do 11 / 9 - e, francamente, foi como deveria ser. Enquanto o 11/ 9 afetou alguns eventos do Orgulho pagão, especialmente nas cidades de Nova York, Los Angeles, Atlanta, e Las Vegas (todos os quais foram transferidas, remarcadas ou ambos), os Pagãos na América e noutros países em conjunto mostraram ao mundo que nós, também, poderíamos permanecer unidos e celebrar a diversidade e a liberdade.
 O total para 2001 variou de 2.300 pessoas em Tucson e 2.100 em Sacramento para as 17 valorosas almas que celebraram um Orgulho Pagão Atlanta que foi duas vezes transferido. A participação final verificada foi relatada em 17.494 pessoas em 74 eventos. Mais de 68 quilos de alimentos e mercadorias foram coletadas para a caridade, incluindo a maior parte dele que foi para os esforços de ajuda humanitária do 11/9, e US$ 15.090,21, que foi doado a causas beneficentes. Em suma, uma onda incrível.

2002 deu prosseguimento ao crescimento do Projeto Orgulho Pagão, com uma contagem final de 106 eventos confirmados. Comparecimento em massa, com o montante final de 31.506 pessoas; este número incluiu não apenas um, mas dois novos eventos registrados (Brisbane, na Austrália, com 4.000 participantes e Jacksonville, Florida, E.U.A. com 3.000 participantes). Mais de doze toneladas de alimentos e bens foram recolhidos para caridade locais, e os Pagãos doaram US$ 19.202,48 para causas dignas em todo o mundo. Cobertura da imprensa também melhorou, especialmente no nível local, com mais de 70 menções positivas na mídia impressa e transmitida. No entanto, os protestos nas atividades também aumentou, com nove eventos tendo uma presença visível de manifestantes.
 2002 marcou também o crescimento contínuo de refinamento do Projeto Orgulho Pagão em nível administrativo. Dave Davidson foi nomeado para o recém-criado cargo de Coordenador Financeiro, e irá supervisionar o crescimento contínuo da Pride em levantamento de fundos. Três novos Coordenadores Regionais foram nomeados na recém-criada Alta Planície, do Norte Europeu, Europa Ocidental, Central e Sul.

Os números em 2003 e 2004 continuaram a aumentar, pela primeira vez, quebrou a barreira de 30.000 participantes em 2003 e 40.000 em 2004. Mais de vinte toneladas de alimentos e mercadorias foram recolhidas ao longo deste tempo, com eventos de Orgulho Pagão realizados em todos os EUA, bem como a continuação de forte presenças na Itália e no Brasil. Portugal aderiu à lista de países que têm realizado eventos do Orgulho Pagão. Também durante este tempo, a antiga diretora executiva, Cecylyna, saiu para assumir outros desafios em sua vida; Dagonet Dewr entrou no cargo de Diretor Executivo e Brian Ewing vindo  da Coordenação Regional do Oeste para o cargo de Coordenador e Vice-Presidente.

Em 2005 prosseg
 Também em 2003, o Projeto Orgulho Pagão se tornou um defensor regular da Liga do Círculo Santuário da Senhora Liberdade, e enviou um representante para a reunião anual da Liga no Encontro dos Espíritos Pagãos. O participante original era o Diretor Executivo Dagonet Dewr; no entanto, desde 2005, o participante regular tem sido o Coordenador Regional de Ohio Valley, Jill Medicine Heart, cujos esforços foram um dos sustentáculos em abril de 2007 do Veterans' Administration para acabar com os anos de discriminação e colocar o pentagrama na lista de símbolos aceitos nas lápides dos veteranos - um movimento que o Orgulho Pagão tem apoiado formalmente desde que o Círculo começou seus esforços nesta arena.
uindo o crescimento, com mais de 40.000 participantes levantando quase US$ 7.300 para auxiliar os atingidos pelos furacões Katrina e Rita em nossas coletas normais caridade. Quase 118,5 quilos de alimentos, roupas, água, brinquedos e outros itens foram recolhidos e enviados para qualquer local ou bancos alimentares de auxílio aos atingidos. Também em 2005, o Orgulho Pagão Nova York ultrapassou o número de 10.000 participantes; um registro paralelo em 2006.

O ano de 2006 foi um ano de desafios crescentes e dores. Na sua ausência, o conselho de administração, liderado por Brian Ewing e  pelo secretário Aisling, fez um magnífico trabalho para manter viável O Orgulho Pagão em 2006. Apesar de não haver crescimento, não foi perdido terreno; o movimento entrou no seu décimo ano pronto para a renovação dos esforços. O Orgulho Pagão continuou o seu alcance, inclusive estendendo-se para a comunidade não-pagã, com notáveis figuras freqüentando eventos locais.

Agora, em 2007, nós celebramos dez anos de Orgulho com nosso Décimo Dia Anual do Orgulho Pagão agendado para o período  25 de agosto e 7 de outubro.

©2007, Dagonet Dewr
Distribuição é bem-vinda, por favor inclua este anúncio
Pagan Pride Project – www.paganpride.org

O que é o Orgulho Pagão?

O Orgulho Pagão é um movimento criado por um grupo de neo-pagãos norte-americanos para fornecer uma imagem pública positiva a respeito dos neo-pagãos e do neo-paganismo. Esse movimento que se iniciou nos EUA, espalhou-se pelo mundo, inclusive no Brasil.
A primeira referência ao Orgulho Pagão foi registrada em 1992 quando grupos locais do movimento começaram a patrocinar festivais do Dia do Orgulho Pagão em locais públicos das cidades ou campus universitários.

Pagan Pride Project (Projeto Orgulho Pagão)

O Pagan Pride Project é uma entidade sem fins lucrativos criado em 1997, cujos objetivos são promover o entendimento do Paganismo, apoiar  e aproximar instituições comunitárias pagãs, eliminação do preconceito e discriminação religiosa e promover o orgulho da identidade pagã através da edicação, ativismo, caridade e comunidade.

O Pagan Pride Project é o atual organizador do Dia do Orgulho Pagão, e atua em vários países de 4 dos 5 continentes (América, Europa, África e Oceania) através de cordenações locais.

Site Oficial: www.paganpride.org/


Dia do Orgulho Pagão

Setembro e outubro são meses tradicionalmente nos quais se realizam o Dia do Orgulho Pagão ao redor do mundo. O Dia do Orgulho Pagão não possui uma data fixa. Ele ocorre em uma janela temporal definida pelos oganizadores. Este ano ela vai de setembro a novembro.
 Em outros anos já postei aqui alguns eventos ligados ao dia do Orgulho Pagão de Porto Alegre. Em um deles expliquei também o significado da Fita Roxa. Aproveito agora para explicar o que é o Dia do Orgulho Pagão, o porque da escolha deste nome e contar um pouco da sua história através de alguns artigos traduzidos do Site Oficial do Pagan Paride Project. Espero que gostem e que de alguma forma eles sejam úteis!

sábado, 30 de abril de 2011

Feliz Samhain! Feliz AnoNovo!




Hoje à noite Wiccanos do Hemisfério Sul comemoram o Samhain,o sabat que simboza o Festival dos Mortos e o Ano-Novo Celta. No ciclo da Roda do Ano, Samhain simboliza a Última Colheita, com a Morte do Deus, que retorna ao ventre da Deusa para renascer no Yule. Em um sentido prático, antigamente os povos antigos, matavam o excesso da criação de gado, aves, porcos e ovelhas, pois com o rigor do Inverno vindouro, não teriam como alimentar a todos. O gado abatido era salgado (olha o charque aí) e guardado junto com toda a colheita do ano para alimentar as famílias durante  todo o Inverno. 
Samhain é o Ano Novo Celta, um momento que não pertence nem ao passado, nem ao presente, enm a este mundo, nem ao outro. Na virada do do ano velho para o ano novo o véu entre o mundo dos vivo e o mundo dos mortos é muito fino. Os portais do outro mundo estão abertos e nessa noite, nem humanos, nem fadas precisam de qualquer palavra mágica para ir e vir. Por ser o festival dos mortos, é comum os espiritos de parentes e amigos mortos visitarem seus entes queridos, e portanto, devem ser honrados.
Os Wiccanos usam esse período para refletir no significado e na importância da morte tendo em mente que ela não é um fim, mas uma etapa natural  do ciclo de nascimento-morte-renascimento. 
Em um sentido mágico, Samhain é um momento para os Wiccanos descansarem e reavaliarem sua vida e seus objetivos. Agora é quando queremos nos livrar de qualquer negatividade ou oposição que possa cercar nossas realizações ou prejudicar progressos futuros. Mabon foi a concretização dos nossos desejos, e agora nós precisamos estabilizar e proteger o que  ganhamos. Isso é muito importante, uma vez que é impossível se concentrar, quanto mais pôr energia em novos objetivos se o que nós temos não está seguro.
As lanternas de abóboras (Jack o'Lanterns) são típicas deste sabás, bem como também as maçãs. O altar é decorado com velas nas cores preta e laranja. è consumido um pão de escuro de maçã com canela chamado Barm Black e durante  sabá são feitos feitiços para proteção e limpeza, além da tradicional queima de pedidos no caleirão. As bebidas típicas são vinho quente e sidra.
Nesses encontros se recitam poesias e músicas como: Samhain Song, de Lisa Thiel e All Souls Night de Loreena Mckennit.







Aqi esão algumas imagens de altar e ceebrações de Samhain:







sexta-feira, 8 de abril de 2011

Lords of Salem: novo filme sobre bruxaria estréia ano que vem.

The Lords of Salem marca o regresso de Rob Zombie à realização, depois de ‘Halloween II’, em 2009. Surge agora a primeira imagem deste projeto, que está em fase de pré-produção. Esta foi lançada no site oficial de Zombie, com a seguinte descrição "Aqui está! A primeira imagem do filme The Lords of Salem e mais não direi. Ok, posso dizer que a cena que envolve esta máscara é muito dolorosa."
Zombie define The Lords of Salem como "o meu filme mais sombrio", e que tem a seguinte história:
Começando com um prólogo que decorre em 1692, seguimos vinte pessoas inocentes, que são executadas por serem acusadas de bruxaria em Salem. Para além destes, existiram quatro pessoas, que eram na realidade bruxos, e que foram executados secretamente. Mas antes fizeram uma promessa: um dia vão regressar e destruir os descendentes de Salem. É a partir dai que voltamos ao presente, e que as coisas começam a correr mal…

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Campanha Segunda Vermelha

Clã dos Ciclos Sagrados convida você MULHER para a:
Segunda Vermelha


“Para a terra alta elas viajaram
Palavras de verdade e olhos de visão
Cem mil mulheres
E cem mil batidas de corações...
Vocês dançarão comigo, meigas filhas
Dentro de muitos círculos das nossas vidas
Mantidos juntos por duas batidas de tambor
Tambor do coração da Mãe
Tambor do coração da criança"
 

Carolyn Hillyer, “Two Drumbeats”,
extraído do álbum Heron Vallery,
 Seventh Wave Music, 1993


Guiados pela sincronicidade, Clã dos Ciclos Sagrados, em parceria com DeAnna L'am,
CONVIDA VOCÊ, MULHER, a participar ativamente de sua própria vida,
redescobrindo e compartilhando com outras mulheres sua essência,
EMPODERANDO-SE e tornando-se uma forte agente transformadora de SI MESMA, de sua comunidade e do Planeta.


Para isso...

Vamos celebrar uma Segunda-Feira Menstrual?
NOSSO MOMENTO É AGORA!
PERMITA-SE!

É tempo de se falar, mostrar e compartilhar o conhecimento das mulheres. É tempo de as mulheres descobrirem e reconstituírem seus próprios mistérios – seus processos de menstruação e nascimento e os ciclos de suas emoções. “O que é isto que estou sentindo?” “O que diria aos outros se explicasse o que é ser mulher?” A Deusa interior é aquela que sabe que leva informação de um sistema para o outro.
Pela Deusa, foi concebido às mulheres o dom de criar (gerar) e nutrir. É necessário, para caminhar com beleza e saúde, se alinhar com as forças cósmicas, as mesmas forças que as medicinas tradicionais nativas reverenciam, nos identificando com os elementos da natureza (ar, fogo, terra, água e éter) que está em tudo. Este alinhamento com a natureza nos traz o shakti-prana, ou a respiração da Grande Mãe, que se move em cada célula de seu corpo. Esta energia permeia os dois chakras inferiores localizados perto do períneo e do osso sacro. O shkati-prana tem de estar em equilíbrio para que o aparelho reprodutor feminino, órgãos genitais, útero e abdômem estejam sadios. Em outras palavras, a mulher necessita tomar conhecimento de seu poder de criação.
A saúde e o bem-estar da família, da sociedade e da cultura giram ao redor da mulher e dependem em grande parte de sua própria saúde, ou seja, se a capacidade de manter o fluxo de suas energias criativas estão em dia.
A característica mutante da mulher presente desde a pré-história revela hoje ser a grande chance para a reintegração das perspectivas femininas no pensamento da corrente dominante. E é claro que a consciência ecofeminista é a via política e ativista para garantir a consciência dos ciclos femininos. A menstruação é parte integral do desenvolvimento da espiritualidade das mulheres, tanto no plano individual como no coletivo. Para as mulheres, enquanto indivíduos, a valorização do poder da menstruação é fundamental para a nossa capacidade de atingir essa “Velha que sabe”, essa Deusa Interior. É importante renovar nosso espírito, reescrever a celebração do poder da Mulher que, enraizada em seus mistérios, sana sem mais demora as feridas na terra, promove igualdade entre os povos e a Paz por meio da cultura.
Esse novo corpo feminino que se molda e vem surgindo em movimento de valorização dos aspectos e protagonismo femininos revela um enorme potencial das mulheres em mudar o curso da história. Algumas já voltaram a se organizar em círculo (forma de troca de informação sem hierarquia e democrático) para discutir sobre direitos da mulher, da Terra e de seus filhos; para encorajar mulheres a voltarem a ter seus filhos com um mínimo de dignidade, se sentido empoderadas tendo parto natural; outras sabem que amamentar é um ato de amor e que trazer os filhos pertinho, no sling forma seres seguros; há as que já preferem e sabem que menstruar significa uma grande arma de poder que é utilizada para sua evolução e para o planeta e o fazem de forma ecológica, utilizando almofadas menstruais reutilizáveis, sem poluir seu corpo nem a natureza. Tudo em um movimento de conservação planetária, de cura da Terra, de cura da sua comunidade, da cura de si mesma. Ahow!! 

Ode ao processo de criação de uma nova cultura de poder e real beleza!! Ode ao engajamento na jornada interna que leva à profunda transformação dos registros do patriarcado na psiquê feminina.
Que um milhão de mulheres
celebre a sua menstruação em 2011!


QUANDO?
Na segunda-feira antes do Dia das Mães... Porque a menstruação vem antes da maternidade... e, geralmente,  depois dela também.

POR QUÊ? Para:

Recuperação do Ciclo de Sangue feminino como arquétipo positivo da identidade de gênero.

* criar senso de humor sobre a questão da menstruação

* encorajar as mulheres a se “empoderar” de sua saúde reprodutiva e menstrual

* criar uma maior visibilidade sobre a questão da menstruação, em filmes, na mídia impressa, na música e outros meios de comunicação

* aumentar a honestidade em relação a nossa menstruação em nossos relacionamentos


ONDE?

na sua sala,
no seu quarto,
na sala de aula ou no seu apartamento,
na casa das amigas,
em um parque ou qualquer outra área aberta,
na sua faculdade,
no centro da cidades,
em bares ou restaurantes,
qualquer lugar!


COMO?


* Dê uma festa chamada "Segunda Vermelha";
* Use roupas vermelhas;
* Coma alimentos vermelhos;
* Dê rosas vermelhas;
* Conte sobre sua primeira (ou última) menstruação a alguém;
* Faça artesanato na cor vermelha para expressar seu relacionamento com o ciclo menstrual;
* Discuta questões de saúde com outras mulheres;
* Convide outras mulheres para jantar massa com molho vermelho

 
QUANDO EXATAMENTE?

O Dia das Mães cai em dias diferentes de acordo com o país. No Brasil, cai sempre no segundo domingo de maio, a SEGUNDA VERMELHA é sempre na segunda antes dos dias Mães.


 “Quando menstruo fica instaurado o meu tempo sagrado de mulher!”