"Muitos livros foram escritos sobre bruxaria(...). Embora seus autores soubessem que bruxas existissem, nenhum deles consultou uma bruxa sobre suas visões a respeito da bruxaria. Afinal, a opinião de uma bruxa deveria ter algum valor, mesmo se não se encaixasse nas opiniões preconcebidas(...). Sou antropólogo e é consenso que o trabalho de um antropólogo é investigar o que as pessoas fazem e em que acreditam, e não o que outras pessoas dizem que elas fazem ou acreditam."(Gardner, 2003, p.21-22 em: A Bruxaria Hoje)
"A Bruxaria Moderna é um fato. Ela não é mais uma relíquia subterrânea da qual a camada restante, e até mesmo a própria existência, é acirradamente disputada pelos antropologistas. Ela não é mais o passatempo bizarro de um punhado de excêntricos. Ela é a prática religiosa ativa de um número substancial de pessoas." (Farrar, 1985, p. 2 em: A Bíblia da Feitiçaria)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O MITO DA CRIAÇÃO

Uma releitura por Morgan MacFarland
"No momento infinito, antes de tudo, a Deusa levantou-se do Caos e deu nascimento a ela mesma. Isto foi antes de qualquer coisa ter nascido, até Ela própria. E quando separou os céus das águas. Ela dançou sobre elas. Conforme ela dançava, assim aumentava seu êxtase e em seu êxtase Ela criou tudo o que existe. Seus movimentos provocaram os ventos e assim o elemento Ar nasceu e respirou, e a Deusa nomeou a Si mesma de: Arianrhod, Cardea e Astarte.
E faíscas saíram de seus pés conforme Ela dançava e brilhavam como o Sol, e as estrelas se prenderam em Seus cabelos. Os cometas passavam sobre ela e assim o elemento Fogo nasceu e a Deusa nomeou a Si mesma de: Sunna, Vesta e Pele.
Sob os seus pés moviam-se as águas formando ondas e assim os rios e lagos passaram a fluir e Ela nomeou a Si mesma de: Binah, Mari Morgaine e Lakshmi.
E procurando descansar seus pés na dança, produziu a Terra de modo que as margens dos rios e mares fossem os seus pés; as terras férteis, o Seu ventre; as montanhas, os Seus seios fartos e Seus cabelos, todas as coisas que crescem, e a Deusa nomeou a Si mesma de: Ceridwen, Demeter, a mãe do milho.
E Ela se tornou aquela que é, foi e será, nascida de Sua própria dança sagrada, do prazer cósmico e da alegria infinita. Ela sorriu e criou a mulher à Sua própria imagem, para ser a Sua Sacerdotisa. De seus elementos - Terra, Ar, Fogo e Água - a Deusa criou o seu consorte para lhe dar amor, prazer, companheirismo e para compartilhar. A DEUSA FALOU ENTÃO ÀS SUAS FILHAS:

- Eu Sou a Lua que iluminará os seus caminhos e revelará os seus ritmos
- Eu sou a Dançarina e a Dança.
- Eu me movo sem movimento
- Eu Sou o Sol que dá calor para germinar e crescer.
- Eu sou tudo o que será.
- Eu Sou o vento que virá ao seu chamado e as águas que oferecem alegria.
- Eu Sou o Fogo da dança da vida e a Terra abaixo de seus pés dançantes.
- Eu dou a todas as minhas Sacerdotisas os três aspectos que são Meus:
- Eu Sou Ártemis, a Donzela dos animais e a virgem da caça.
- Eu Sou Isis, a Grande Mãe.
- Eu Sou Ngame, a Deusa ancestral que sopra a mortalha.
- Eu serei chamada por milhões de outros nomes.
- Chamem por Mim, minhas filhas, e saibam que eu Sou Nêmesis. Nós todas somos
Donzelas, Mães e Anciãs.
- Oferecemos nossa energia criada ao espírito das mulheres que foram, ao espírito das mulheres que virão e ao espírito das mulheres que crescerão.
- E ASSIM IREMOS EVOLUIR JUNTAS. "

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